Natalie Portman criticou filme estrelado por ela em 1994

O diretor do clássico filme de suspense e ação defendeu sua obra após críticas recentes da estrela Natalie Portman.

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Luc Besson, diretor do clássico filme de suspense e ação “Léon: O Profissional“, defendeu sua obra após críticas recentes da estrela Natalie Portman.

Lançado em 1994, o filme apresenta Jean Reno no papel do assassino titular e Portman, então com apenas 12 anos, em seu primeiro papel no cinema. A trama acompanha uma jovem garota que se torna protegida de Léon, um assassino simpático, tornando-se sua aprendiz após sua família ser assassinada por um agente corrupto da DEA.

Desde seu lançamento, o filme gerou controvérsia por retratar uma jovem garota apaixonando-se por um homem mais velho, o que gerou desconforto e debates, especialmente à luz do movimento #MeToo.

Portman, que desde então construiu uma carreira de sucesso, olhou para trás com uma visão crítica do filme, referindo-se a ele como “embaraçoso” e declarando ter uma “relação complicada” com a obra.

Luc Besson responde críticas de Natalie Portman

Respondendo às críticas de Portman, Besson argumentou que a perspectiva das pessoas sobre o entretenimento muda e evolui conforme envelhecem e amadurecem. “Você é o mesmo aos 19, 25 anos?”, questionou Besson, destacando como as experiências pessoais moldam nossa compreensão e apreciação da arte ao longo do tempo.

Besson pondera sobre a inevitabilidade das mudanças sociais e questiona o valor de julgar uma obra de décadas atrás com os olhos de hoje.

“As coisas mudam, muitas coisas mudam para melhor. Algumas coisas pioram. E isso é a sociedade, no fim das contas. E então temos que nos adaptar”, disse ele, refletindo sobre sua própria jornada de vida e como ela influenciou sua carreira cinematográfica.

Debate sobre obras passadas é necessário

O debate em torno de “Léon: O Profissional” reflete uma discussão maior sobre como o cinema, como ferramenta para explorar questões sociais e culturais, está inerentemente ligado à época em que foi criado. A controvérsia em torno do filme destaca como a percepção pública de certos temas pode se tornar mais crítica com o tempo, influenciada por movimentos sociais como o #MeToo.

A defesa de Besson ao seu trabalho sugere uma reflexão sobre a natureza evolutiva da arte e seu impacto na sociedade. Enquanto alguns podem ver “Léon: O Profissional” como problemático pelos padrões modernos, Besson relembra a importância de reconhecer como as perspectivas sobre a moralidade e os valores mudam ao longo do tempo.

Embora o filme possa ser difícil de assistir para alguns hoje em dia, ele permanece como uma peça significativa do cinema, capaz de provocar diálogo e reflexão sobre a complexidade das relações humanas e os dilemas morais.

Ao final, o debate em torno de “Léon: O Profissional” e a resposta de Besson às críticas de Portman revelam a capacidade do cinema de engajar audiências em conversas profundas sobre ética, sociedade e a natureza humana, provando que o poder dos filmes vai muito além do entretenimento, servindo como um espelho para as complexidades da vida e as constantes transformações culturais.

Sobre o autor

A. Cunha

Fã incondicional de samurais e Star Wars, franquia que já assistiu tudo que foi produzido até então. Adora ver diferentes estilos de filmes e séries, sobretudo as que fazem rir e refletir.