Netflix tem filmaço sobre guerra contemporânea escondido

A Netflix, em seu vasto catálogo, abriga tesouros cinematográficos que passam muitas vezes despercebidos pelos assinantes, e “Mosul” é um desses diamantes escondidos que merece destaque.

Lançado em 2020, este filme de ação, com pitadas generosas de suspense, nos transporta para o coração pulsante da guerra contra o Estado Islâmico, oferecendo uma narrativa crua e imersiva que garante nos prender ao sofá do início ao fim.

“Mosul” é ambientado na homônima cidade iraquiana durante o outono de 2016, numa época em que uma força composta por mais de 100.000 soldados e milicianos iraquianos se une em uma missão monumental: libertar Mosul do jugo opressor do Estado Islâmico.

O filme traz à tona a história de Ali Mula, um jornalista iraquiano destemido, que se alia a esse grupo diversificado, formado por sunitas, xiitas, cristãos e curdos. Unidos por um objetivo comum, esses combatentes buscam restaurar a dignidade de seu país, dilacerado pelo terrorismo.

Filme da Netflix traz realismo incrível

A jornada desses heróis é narrada com um realismo palpável, mergulhando o espectador em um cenário de guerra onde as diferenças sectárias são desafiadas, e a união contra um inimigo comum se torna o fio condutor da trama. Assim, a tensão é constante. Portanto, cada bomba que explode, cada tiro disparado, testa não apenas a bravura desses homens, mas também a força de seu espírito coletivo em meio à adversidade.

O diretor Adam Bessa, no papel de Kawa, lidera um elenco formidável que traz autenticidade e profundidade ao filme. Com participações de Suhali Dabbach, reconhecido por sua atuação em “Guerra ao Terror“, e Hayat Kamille, de “Morte no Nilo“, “Mosul” se destaca não só pela ação incessante, mas também pelo olhar humano sobre o conflito.

Por fim, “Mosul” é mais do que um filme de guerra; é um lembrete poderoso das histórias não contadas de coragem e sacrifício que se desenrolam longe dos holofotes.

A produção captura com maestria a complexidade das dinâmicas sociais e políticas no Iraque, apresentando uma narrativa que é tanto emocionante quanto reflexiva.