A Origem do Medo final do filme explicado | segredos e tudo o que acontece

A Origem do Medo chega à Max com uma história de horror e sobrevivência. O que acontece no final e quais os segredos do filme?

A Origem do Medo
Imagem: Divulgação.

Out of Darkness, traduzido como A Origem do Medo no Brasil, é um dos filmes mais intrigantes de 2024. Recebendo elogios da crítica, o thriller pré-histórico mistura suspense e reflexão, ambientado no período do Paleolítico, cerca de 43.000 anos antes de Cristo. Agora, o filme está disponível na Max, onde preenche o 1º lugar dos mais assistidos.

O longa se destaca não apenas pelas tensões criadas pela ameaça de criaturas misteriosas, mas também por abordar temas profundos sobre o comportamento humano frente ao desconhecido. Se você ainda não assistiu ao filme, prepare-se para spoilers à frente.

O Enredo de A Origem do Medo

O filme segue um grupo de nômades em busca de um novo lar. Entre eles estão Adem (Chuku Modu), o líder da tribo, seu irmão Geirr (Kit Young), Ave (Iola Evans), companheira de Adem e grávida de seu filho, Heron (Luna Mwezi), o filho de Adem, Odal (Arno Lünin), um conselheiro ancião, e Beyah (Safia Oakley-Green), uma nômade solitária que foi acolhida pelo grupo.

À medida que atravessam uma terra desolada, o grupo começa a perceber que não estão sozinhos. Após encontrar o cadáver de um animal misteriosamente devorado, as suspeitas aumentam quando Heron é sequestrado por uma criatura desconhecida.

Desesperado, Adem parte em busca de seu filho, mas acaba encontrando seu destino trágico nas mãos da criatura, deixando o grupo desamparado.

Imagem: Divulgação.

A Criatura Misteriosa

O grande suspense do filme gira em torno da identidade da criatura que persegue o grupo. Ao longo da trama, ela é descrita como uma entidade que se esconde nas sombras, eliminando os membros da tribo um a um.

Quando Beyah finalmente consegue confrontar a criatura, ela descobre que, por trás da máscara feita de crânio de animal, a criatura é, na verdade, um Neandertal – antecessor direto dos humanos modernos. Isso recontextualiza toda a narrativa: os “monstros” que perseguiam o grupo eram, na verdade, seres primitivos que viviam na região.

O Final de A Origem do Medo

Depois de descobrir a verdadeira identidade da criatura, Beyah e Geirr seguem o Neandertal até suas cavernas. É lá que Beyah encontra Heron, ainda vivo, mas sob ameaça de outro Neandertal. Embora Beyah consiga derrotar a criatura e fugir com Heron, Geirr não tem a mesma sorte e é morto na luta.

No clímax do filme, enquanto tentam escapar, Beyah se depara com uma decisão crucial: ao ver o Neandertal preso no túnel, Heron tenta ajudá-lo, acreditando que, apesar de tudo, os Neandertais não eram monstros. Beyah, no entanto, decide matá-lo, esmagando sua cabeça com uma pedra.

Essa escolha gera um conflito emocional entre ela e Heron, que revela que os Neandertais o alimentaram e cuidaram dele. Além disso, eles realizam um ritual funerário para Ave, mostrando que, longe de serem cruéis, os Neandertais eram apenas seres tentando sobreviver.

Imagem: Divulgação.

Reflexões e temas do filme

O final de A Origem do Medo oferece uma visão mais ampla e reflexiva sobre a natureza humana. Beyah, ao perceber que havia julgado os Neandertais com base no medo e na ignorância, se sente arrependida de sua decisão de matá-los.

Junto com Heron, ela enterra os Neandertais e Ave em um local onde já haviam várias sepulturas, indicando que a violência que testemunharam não era um ato isolado, mas parte de um ciclo trágico de medo e destruição.

A frase final de Beyah para Heron – “Vamos tentar de novo” – é carregada de significado. Pode ser vista, então, como uma crítica à humanidade, que, mesmo após 45 mil anos, ainda recorre à violência contra aqueles que são diferentes ou desconhecidos.

Ao mesmo tempo, há uma mensagem de esperança: mesmo depois de tantos erros, ainda temos a chance de superar nossos medos primitivos e construir uma sociedade mais pacífica e compreensiva.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.