Ainda Estou Aqui | o que aconteceu com a casa da família Paiva?
Ainda Estou Aqui conta uma história emocionante ambientada, em grande parte, em uma casa repleta de memórias. O que aconteceu com ela?
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, é uma profunda e sensível obra que explora as marcas da perda e os laços familiares. Centralizado na busca de Eunice Paiva, a narrativa é permeada por memórias, espaços e objetos que carregam grande significado emocional. Um desses espaços é a casa da família, que desempenha um papel crucial na trama.
A casa como guardiã das memórias
Durante o filme, a casa da família se apresenta como um lugar de grande simbolismo. Com seus cômodos repletos de lembranças e fotografias, o espaço é um reflexo das vidas que ali passaram.
É o cenário de momentos felizes, mas também o palco das dores que moldam os personagens. A protagonista revisita o local ao longo de sua jornada, em busca de respostas e de um senso de pertencimento.
A construção, com sua arquitetura imponente, é quase um personagem por si só. Suas paredes desgastadas contam histórias, e os objetos deixados para trás tornam-se pistas para a protagonista compreender quem ela é e o que realmente aconteceu com sua família.
O que aconteceu com a casa de Ainda Estou Aqui?
À medida que a narrativa avança, descobrimos que a casa, outrora símbolo de união, tornou-se um espaço vazio, abandonado após as tragédias que marcaram a família.
Sua decadência física reflete a dissolução dos laços familiares. O abandono do imóvel é também um indicador de que os personagens precisaram se afastar de suas próprias memórias dolorosas para seguir em frente.
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O destino da casa representa mais do que uma perda material. É o desfecho inevitável de uma era que não pode ser recuperada. Para a protagonista, despedir-se do imóvel é parte de sua transformação pessoal.
Enquanto ela deixa a casa para trás, leva consigo não apenas as memórias, mas também uma nova perspectiva sobre sua própria vida e sobre os laços que mantém com aqueles que já se foram.
Depois da família Paiva sair, a casa virou um restaurante e permaneceu do mesmo jeito por anos. Nos anos 1980, entretanto, foi demolida. Em seu lugar, um prédio moderno foi construído, não deixando nada da construção original. Segundo Marcelo Rubens Paiva, autor do livro e filho de Eunice, a destruição da casa faz parte de um processo de “modernização” que desfigurou o Leblon na época.