“Avatar: O Último Mestre do Ar”: muda personagem importante
A adaptação de "Avatar: O Último Mestre do Ar", prometia manter algumas escolhas fiéis ao original e trazendo mudanças interessantes.
A adaptação de “Avatar: O Último Mestre do Ar“, prometia ser um dos lançamentos mais aguardados, mantendo algumas escolhas fiéis ao original e introduzindo mudanças interessantes.
No entanto, uma dessas alterações, envolvendo a dinâmica entre Aang e o Rei Bumi, acabou por desagradar uma parcela dos fãs. Na nova abordagem, Bumi, antes um personagem excêntrico e apoiador de Aang, é retratado com ressentimento e desafio, distanciando-se significativamente da série animada original.
Este novo olhar sobre a relação entre os personagens não ressoou com o público, perdendo os momentos de aquecimento do coração da história original.
“Avatar: O Último Mestre do Ar” traz mudança em personagem importante
No episódio 3 de “Avatar: O Último Mestre do Ar“, Aang, Katara e Sokka chegam a Omashu, uma das últimas cidades livres do Reino da Terra. É no episódio 4 que Aang reencontra o Rei Bumi, seu amigo de infância de um século atrás.
Diferentemente da série animada, a live-action transforma Bumi em um homem marcado pelo tempo, que guarda ressentimentos por Aang ter “nos deixado” durante a guerra contra a Nação do Fogo. Essa alteração na narrativa falha em captar a essência que fez do relacionamento original algo tão especial.
A Netflix tinha a chance de explorar a conhecida habilidade do universo Avatar em criar amizades como a de Zuko e Iroh, que recebe uma adaptação fiel e até mesmo ampliada na live-action. Infelizmente, nem todas as duplas receberam o mesmo tratamento, com a relação entre Aang e Bumi sofrendo com essa nova interpretação.
Personagem agia diferente na animação
No entanto, na série original, a excentricidade e a paciência de Bumi desempenhavam um papel misterioso, desafiando Aang com suas provas. Quando Aang finalmente reconhece quem Bumi é, a emoção transborda, e eles se abraçam, destacando a importância dos amigos na jornada do Avatar. A versão da Netflix, ao insistir que Aang deve trabalhar sozinho, contradiz esse princípio fundamental, afetando negativamente a narrativa.
As provas de Bumi, então, tornam-se inúteis para um Aang que já aceitou sua responsabilidade como Avatar desde o piloto. A série parece esquecer que sua versão de Aang já enfrentou jornadas difíceis, tornando o aprendizado durante os testes de Bumi mais relevante para o próprio rei do que para Aang. Este desenvolvimento, apesar de emocionante, falha em avançar o personagem de Aang.
Portanto, a tentativa de “chamar um velho amigo” e a rápida lembrança de sua amizade na infância não conseguem compensar a animosidade que domina grande parte do tempo de tela. Isso faz com que o desfecho da história pareça forçado, em vez de sincero e tocante.
Embora a adaptação da Netflix tenha feito um bom trabalho, a nova interpretação da relação entre Aang e Bumi acaba sendo um dos pontos fracos de “Avatar: O Último Mestre do Ar“.