“Bebê Rena”: Netflix pode sofrer processo milionário; entenda
A série "Bebê Rena", da Netflix, está no centro de uma tempestade legal. Entenda todos os detalhes sobre o ocorrido!
A série “Bebê Rena“, da Netflix, está no centro de uma tempestade legal. Fiona Harvey, que alega ser a inspiração real para a personagem Martha, está processando a gigante do streaming por difamação, buscando uma indenização de 170 milhões de dólares.
Harvey, que se viu retratada como uma “perseguidora” no show, decidiu levar sua luta por justiça aos tribunais.
Harvey, que já havia expressado publicamente suas preocupações sobre a representação na série, agora busca reparação pelos “danos emocionais” que sofreu.
Embora ela não negue completamente os eventos retratados, o processo acusa a série de incluir “mentiras brutais” para tornar a história mais atraente.
Relembre o enredo de “Bebê Rena“
“Bebê Rena“, baseada na peça de um homem só de Richard Gadd, estreou em 11 de abril de 2024 e rapidamente se tornou uma das séries mais populares da Netflix. A trama segue Donny Dunn, um comediante aspirante que trabalha como bartender.
Sua vida muda drasticamente após uma interação aparentemente inocente com uma cliente chamada Martha, que rapidamente se transforma em uma perseguição obsessiva.
Na série, Donny, interpretado pelo próprio Gadd, enfrenta uma espiral de caos à medida que Martha começa a enviar dezenas de e-mails diários e a assediar sua namorada e família. O que poderia ter sido uma anedota engraçada se torna uma situação angustiante que leva Donny a revelar um passado traumático e buscar ajuda da polícia.
As acusações no processo
O documento judicial acusa a série de “difamação, inflição intencional de sofrimento emocional, negligência, negligência grave e violações do direito de publicidade de Harvey“. A ação alega que a série disseminou mentiras, incluindo que Harvey foi condenada duas vezes por perseguição e sentenciada a cinco anos de prisão, além de ter agredido sexualmente Gadd.
A acusação mais contundente do processo é que a Netflix e Gadd fabricaram esses elementos para tornar a história mais vendável: “Os réus contaram essas mentiras porque era uma história melhor do que a verdade, e histórias melhores geram dinheiro“.
Contudo, até o momento, a Netflix e Gadd mantêm silêncio sobre o processo. No entanto, uma resposta oficial é esperada em breve, dado o tamanho e a seriedade das acusações.
A controvérsia em torno da série
“Bebê Rena” foi um sucesso imediato, mas não sem controvérsias. A série, que tenta equilibrar drama e comédia, é baseada em eventos reais da vida de Gadd, mas a liberdade artística utilizada na adaptação levantou questões sobre a veracidade dos fatos apresentados.
A situação se complicou ainda mais quando Harvey se identificou publicamente como a “Martha” da série. Isso trouxe uma nova camada de complexidade, especialmente porque a Netflix alegou ter feito o possível para disfarçar as identidades reais dos personagens.
“Bebê Rena” trouxe à tona questões importantes sobre a ética na adaptação de histórias reais para a ficção. O processo de Harvey contra a Netflix destaca os riscos e responsabilidades de retratar eventos da realidade. Neste caso, especialmente quando se trata de temas sensíveis como perseguição e abuso.
Enquanto aguardamos o desenrolar deste caso, “Bebê Rena” continua a ser uma série que provoca reflexão e discussão sobre os limites entre realidade e ficção. Além disso, trata também sobre como as histórias são contadas e recebidas pelo público.