Corte no Tempo segredos do final explicado | quem é o assassino?
Corte no Tempo é mais uma aposta em viagem no tempo. Misturando horror, ficção e algumas doses de humor, filme chegou na Netflix.
O filme Corte no Tempo traz um toque diferenciado ao gênero slasher, misturando viagem no tempo com uma trama de suspense que mantém o público na ponta da cadeira. Dirigido por Hannah Macpherson (T@gged), o longa segue Lucy, interpretada por Madison Bailey (Outer Banks).
Lucy volta ao passado para impedir o assassinato de sua irmã mais velha, Summer, vivida por Antonia Gentry (Ginny & Georgia). No entanto, ao tentar salvar sua irmã, Lucy se depara com consequências inesperadas e paradoxos temporais complexos.
O mistério do assassino
Uma das maiores surpresas do filme foi revelada durante o terceiro ato, quando descobrimos que o assassino mascarado responsável pela morte de Summer é ninguém menos que a versão futura de Quinn, colega de classe de Summer interpretado por Griffin Gluck.
- Os Quatro da Candelária final da série explicado | tudo o que acontece
- Entrevista com o Demônio, Pisque Duas Vezes | filmes de terror para o Halloween
Como um jovem que sofreu bullying, Quinn vive uma história de redenção e vingança, ao ser salvo de um incidente traumático por Lucy quando ela volta ao passado. No entanto, essa intervenção no destino do garoto cria uma divisão na linha temporal. Seu “eu” do passado segue um caminho mais positivo, enquanto seu “eu” do futuro torna-se o cruel “Assassino de Sweetly”, em busca de vingança.
Para Macpherson, a complexidade da narrativa exigiu um mapeamento cuidadoso da cronologia e dos paradoxos temporais, o que ela descreveu como um processo desafiador: “Eu realmente fiquei em frente a um quadro branco com setas”, revela a diretora. A equipe e os atores também enfrentaram esse desafio, especialmente Gentry, que admite ter ficado “presa nos detalhes de como a viagem no tempo realmente funcionaria”.
A escolha impossível de Lucy
Ao longo da história, Lucy enfrenta o dilema de tentar salvar sua irmã, mesmo sabendo que a sobrevivência de Summer pode significar a sua própria inexistência.
Como Macpherson explica, essa escolha central reflete uma temática familiar e emocional: “Lucy precisa literalmente escolher entre a vida da irmã e a sua própria existência“. Esse conflito torna-se o coração da narrativa, questionando até onde alguém está disposto a ir por amor à família.
Além disso, a relação entre Lucy e Quinn mostra como um simples ato de bondade pode mudar o rumo de uma vida. A intervenção de Lucy ao salvar Quinn de uma situação de bullying evita que ele siga um caminho destrutivo, demonstrando o impacto de uma amizade inesperada.
Um final emocionante para Corte no Tempo
Após uma luta final intensa, Lucy finalmente consegue derrotar o Quinn do futuro, encerrando seu reinado de terror. Com a linha do tempo restaurada, Lucy e Summer podem, enfim, aproveitar uma vida juntas, mas no ano de 2003, pois a linha do tempo original de Lucy deixa de existir.
Além disso, Summer retoma seu relacionamento romântico com a colega Emmy, concluindo a história em um tom de aceitação e liberdade.
Macpherson conta que haviam diversas opções de desfecho para o filme, incluindo uma onde ambas as irmãs estariam vivas no presente. Porém, a ideia de as duas jovens compartilharem a adolescência no passado foi a que mais se encaixou com o tom nostálgico e esperançoso do longa.
Para Antonia Gentry, interpretar Summer foi uma oportunidade única, pois ela conseguiu experimentar os extremos do terror e da superação: “Eu queria ser parte de uma cena de assassinato, mas também viver o final feliz”, diz a atriz.
E assim, Corte no Tempo entrega uma experiência única para os fãs de horror e ficção científica, abordando temas profundos sobre família, sacrifício e as consequências imprevisíveis de interferir no tempo.