Horizon final de filme explicado | Kevin Costner e as polêmicas no Velho Oeste

Horizon é o novo e polêmico faroeste de Kevin Costner. Entenda o que acontece na trama e no final aberto do épico disponível na Max.

Horizon

Kevin Costner retorna ao gênero Western com Horizon: An American Saga – Chapter 1, um épico que promete explorar a construção da América no período anterior, durante e após a Guerra Civil.

Apesar de ser uma das produções mais ambiciosas do ator e diretor, o filme dividiu opiniões com sua longa duração, final abrupto e enfoque em tramas preparatórias para os próximos capítulos da saga.

A Premissa de Horizon

Com quatro filmes planejados, a saga aborda os desafios enfrentados por gerações de colonos e povos indígenas na tentativa de construir vidas no Oeste Americano. Chapter 1 dedica boa parte de suas três horas para apresentar personagens, locais e os conflitos centrais que atravessarão a narrativa.

Entre os protagonistas, estão Frances Kittredge (Sienna Miller) e sua filha Elizabeth (Georgia MacPhail), cujas vidas são devastadas por um ataque à sua comunidade; Hayes Ellison (Kevin Costner), um homem em fuga; e Pionsenay (Owen Crow Shoe), um jovem guerreiro Apache que desafia as tradições de sua tribo para lutar contra os invasores.

Uma constante na trama é o misterioso destino chamado “Horizon”, promovido por panfletos que prometem segurança e prosperidade. No entanto, o filme insinua que o local pode ser mais uma ideia utópica do que uma realidade tangível, o que reflete as esperanças e frustrações dos personagens.

Narrativas entrelaçadas e conflitos profundos

O roteiro de Horizon não centraliza a história em um único protagonista, mas em múltiplos núcleos:

  • Frances e Elizabeth encontram abrigo em um acampamento militar, onde começam a reconstruir suas vidas após tragédias pessoais.
  • Ellen Harvey (Jena Malone) enfrenta um passado conturbado enquanto é perseguida por uma família vingativa.
  • Hayes Ellison assume o papel de protetor de um menino órfão enquanto foge de caçadores de vingança.
  • Pionsenay lidera um grupo de guerreiros para resistir aos colonos, mostrando a perspectiva dos povos indígenas frente à invasão de suas terras.

Essas histórias destacam as complexidades e os horrores da expansão para o Oeste, um processo repleto de conflitos éticos, culturais e emocionais.

O polêmico final de Horizon

Chapter 1 termina sem resolver suas tramas, optando por um final em formato de teaser para Chapter 2. A transição abrupta frustrou tanto o público quanto os críticos, com muitos comparando a conclusão a um episódio de série de TV.

A escolha narrativa reflete o risco de Costner em contar sua saga em capítulos interdependentes, o que se mostrou problemático devido ao adiamento indefinido do segundo filme, que estreou apenas no Festival de Cinema de Veneza.

A recepção mista também foi influenciada pelo desempenho financeiro decepcionante. Com um orçamento de US$ 50 milhões, Chapter 1 arrecadou apenas US$ 31,4 milhões, colocando em risco a continuidade dos capítulos restantes.

Horizon: An American Saga – Chapter 1 é uma produção ambiciosa que tenta resgatar a essência do Western clássico enquanto aborda questões contemporâneas.

Contudo, a decisão de dividir a narrativa em quatro partes sem um planejamento de lançamento consistente comprometeu sua recepção inicial. Se os próximos capítulos serão realizados e como eles desenvolverão as histórias deixadas em aberto ainda são perguntas sem resposta.

Para fãs do gênero e de Kevin Costner, a saga pode valer a paciência. Porém, para o público em geral, a ausência de resolução imediata pode ser um obstáculo difícil de superar.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.