Ma final do filme explicado e tudo o que acontece

Ma é um suspense com pitadas de horror que tem dado o que falar na Netflix. Saiba tudo o que acontece no final do filme.

Ma

Os personagens femininos “descontrolados” em filmes de terror sempre fascinam, oferecendo camadas de complexidade e momentos inesperados. Em Ma, Octavia Spencer entrega uma performance intensa, que alterna entre humor descontraído e momentos de pura insanidade.

O filme dirigido por Tate Taylor explora não apenas a loucura de sua protagonista, mas também como traumas do passado podem moldar o presente de maneira devastadora.

A Premissa de Ma

Lançado em 31 de maio de 2019, Ma acompanha Sue Ann, uma mulher solitária que, ao se deparar com um grupo de adolescentes procurando por álcool, decide ajudá-los com a condição de que as festas aconteçam em sua casa. A princípio, ela parece ser uma anfitriã amigável e responsável, mas rapidamente se torna claro que suas intenções não são tão inocentes.

Os adolescentes começam a perceber comportamentos estranhos: objetos desaparecem, Ma envia vídeos embaraçosos de si mesma e faz comentários desconfortáveis.

A situação se agrava quando ela finge ter câncer para manipulá-los emocionalmente. No entanto, a revelação mais sombria é que Ma não está simplesmente tentando ser “legal” com os jovens; sua aproximação é movida por um desejo de vingança contra os pais deles, que a humilharam no passado.

O Passado Que Nunca Foi Esquecido

Flashbacks mostram Sue Ann sendo vítima de bullying cruel durante o ensino médio. Um trote especialmente humilhante, arquitetado por Ben Hawkins (Luke Evans) — o pai de um dos adolescentes que ela agora hospeda —, marcou profundamente sua psique.

Ao reconhecer o filho de Ben, Ma vê uma oportunidade de reviver o passado, mas desta vez como uma figura dominante e, eventualmente, vingativa.

A transformação de Ma de uma anfitriã amigável para uma antagonista aterrorizante é desencadeada quando Ben tenta confrontá-la. Sua raiva reprimida explode em uma sequência de eventos violentos, que culminam em uma vingança brutal contra Ben e seus antigos colegas.

O Final Surpreendente

O desfecho de Ma é tanto chocante quanto poético. Maggie (Diana Silvers) e Haley (McKaley Miller), ao invadir a casa de Ma, descobrem Genie (Tanyell Waivers), a filha de Sue Ann. Presa em casa, Genie é vítima de abuso psicológico, resultado da síndrome de Munchausen por procuração de sua mãe.

Enquanto Ma desaba emocionalmente, ela toma atitudes cada vez mais extremas, como torturar os adolescentes que outrora frequentavam sua casa.

O clímax ocorre em meio a um incêndio provocado durante uma luta final. Mesmo ferida, Ma decide aceitar seu destino, deitando-se ao lado do corpo de Ben em sua cama. Embora o fogo consuma tudo, o destino exato de Ma é deixado em aberto, levantando dúvidas sobre sua sobrevivência.

A Possibilidade de um Retorno

O diretor Tate Taylor já sugeriu ideias para uma possível sequência de Ma. A ambiguidade do final, combinada com a força do desempenho de Octavia Spencer, abre espaço para explorar as repercussões de seus atos e até mesmo novas dimensões de sua história.

Ma não é apenas um filme de terror; é uma reflexão sobre como traumas do passado podem moldar o presente. Sue Ann é ao mesmo tempo vítima e vilã, carregando as cicatrizes de uma juventude marcada por humilhações.

O filme também serve como um lembrete sombrio: nossas ações têm consequências, e as feridas emocionais que infligimos nos outros podem reverberar de maneiras imprevisíveis.

A performance magistral de Spencer e a narrativa envolvente fazem de Ma uma obra imperdível para os fãs de terror psicológico. O que o futuro reserva para Sue Ann, no entanto, continua sendo um mistério intrigante.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.