Os Anéis de Poder | por que os anões cantam para a montanha?

Por que os anões de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder cantam para a montanha? Mistério é explicado prenuncia uma ameaça.

O Senhor dos Anéis Os Anéis de Poder
Imagem: Divulgação.

A segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder finalmente introduziu os Sete Anéis de Poder para os Anões. Assim, trazendo consigo uma mudança significativa para Khazad-dûm.

O rei Durin III, interpretado por Peter Mullan, coloca seu anel pela primeira vez e, de imediato, consegue resolver o problema da falta de luz no reino. Além de identificar veios de ouro ocultos nas profundezas da montanha.

No entanto, esse uso do anel levanta questões preocupantes. Será que esse novo poder, apesar de eficaz, é mais seguro que a antiga prática dos anões, o canto às pedras, ou “stone-singing”?

O canto às pedras foi introduzido na primeira temporada, no episódio “The Great Wave”. Esta é uma tradição sagrada dos anões que consiste em cantar para a montanha.

Essa prática permite aos anões detectar minerais e identificar rotas de mineração, sempre respeitando as áreas que devem permanecer intactas. A personagem Disa, esposa de Durin IV, mostrou a Elrond essa técnica e explicou a importância de manter a harmonia entre o povo e a montanha.

Apesar de ser uma inovação da série, o stone-singing está perfeitamente alinhado com os temas de conexão entre natureza e personagens, comuns nos trabalhos de Tolkien.

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Problemas na montanha antecipam grande ameaça em O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder

No entanto, a crescente escuridão em toda a Terra-média afeta essa prática. A erupção de Orodruin, causada por Adar no final da primeira temporada, enviou ondas de choque por todo o continente. Assim, causando o colapso das saídas de luz em Khazad-dûm.

Na segunda temporada, Disa e os outros cantores tentam desesperadamente restaurar essas aberturas cantando novamente para a montanha, mas seus esforços são em vão. A montanha parece fechar-se cada vez mais, sinalizando que algo sombrio está interferindo no equilíbrio natural que antes existia.

É aqui que entra o anel de Durin III. Enquanto o canto às pedras respeita a montanha, o anel de poder permite que Durin veja através dela, oferecendo uma solução mais rápida, porém arriscada.

Ao usar o anel, ele começa a ignorar planos de segurança estabelecidos por ele mesmo, obcecado com a perspectiva de riqueza infinita. Embora os anões sejam resistentes à influência direta de Sauron, os anéis que eles recebem ainda são corrompidos por sua malícia, incitando ganância nos seus portadores.

Esse desequilíbrio é evidenciado no episódio “Halls of Stone”, quando Disa ouve o rugido do Balrog, uma antiga criatura das profundezas, durante um de seus cânticos. Ao mesmo tempo, Durin III continua suas perfurações arriscadas, ignorando os avisos de seu filho.

A segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder , portanto, sugere que o uso excessivo e imprudente dos anéis pode ter consequências devastadoras para os anões e para Khazad-dûm, prenunciando a chegada de tempos sombrios, enquanto a ganância ameaça despertar forças adormecidas e perigosas.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.