Por que Nosferatu tem bigode? Diretor explica grande mudança

Nosferatu traz uma grande mudança no visual do Conde. Afinal, por que o vampiro tem bigode na nova versão do filme?

Nosferatu

O recém-lançado Nosferatu, dirigido por Robert Eggers, traz uma nova perspectiva para o icônico personagem do cinema de terror. Interpretado por Bill Skarsgård, o Conde Orlok agora ostenta um elemento visual marcante: um bigode.

Segundo Eggers, essa escolha estética foi fundamental para capturar a essência cultural do personagem, inspirado no folclore vampírico e em tradições transilvanas. O diretor destacou que o bigode é uma característica histórica e cultural, evocando figuras como Vlad, o Empalador, e até mesmo o Drácula original de Bram Stoker.

Eggers revelou que seu processo criativo envolveu uma extensa pesquisa sobre o folclore vampírico. Ele procurou criar uma imagem mais assustadora e visceral do vampiro, retomando a ideia de um morto-vivo pútrido, como descrito nas lendas populares.

Diferentemente das representações mais romantizadas dos vampiros nos últimos anos, o Conde Orlok de Eggers é um retorno à origem sombria e apodrecida do mito. A estética do personagem inclui trajes húngaros complexos, sapatos de salto alto e chapéus peludos, além do inconfundível bigode.

Nosferatu é imperdível

A história se passa nos anos 1830 e segue Ellen Hutter (Lily-Rose Depp), uma jovem alemã recém-casada que se torna o centro da obsessão de Orlok. Nicholas Hoult interpreta seu marido, Thomas Hutter, enquanto o elenco conta ainda com Aaron Taylor-Johnson, Willem Dafoe e Emma Corrin.

Eggers reimagina o clássico do cinema mudo de 1922, inspirado no romance Drácula, trazendo um elenco de peso e uma estética cuidadosamente elaborada.

Bill Skarsgård, conhecido por seu papel como Pennywise em It, revelou que sua experiência prévia com personagens profundamente transformados ajudou na construção de Orlok.

Ele descreveu o papel como um “salto ainda maior” em relação ao palhaço demoníaco, destacando o desafio de se conectar a algo tão distante de sua própria personalidade. Atualmente em cartaz, Nosferatu entrega uma experiência visual e narrativa aterrorizante, consolidando a visão de Eggers como uma releitura sombria e autêntica do clássico do terror.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.