Rebel Ridge | O novo filme da Netflix vai roubar sua atenção
Rebel Ridge é o novo filme de ação da Netflix que vai chamar sua atenção. Saiba se vale a pena assistir o longa.
“Rebel Ridge“, o mais novo filme de Jeremy Saulnier, explora a jornada de um ex-soldado cujas habilidades, adquiridas no campo de batalha, entram em choque com a realidade civil. Embora filmes desse tipo muitas vezes priorizem sequências de ação explosivas e vazias, Saulnier traz uma camada adicional de complexidade ao retratar Terry Richmond, um veterano negro que enfrenta a polícia local em uma pequena cidade predominantemente branca. No entanto, mesmo com essa abordagem mais sensível às questões raciais, o filme acaba recaindo nas fórmulas tradicionais do gênero.
Aaron Pierre interpreta Terry, um ex-fuzileiro naval que tenta resgatar seu primo Mike, detido sob a acusação de não pagar fiança. Quando dois policiais corruptos confiscam os $36.000 de Terry, ele decide confrontá-los, apenas para ser enganado novamente pelo chefe de polícia local. Determinado a salvar seu primo e recuperar seu dinheiro, Terry inicia uma investigação pessoal, com a ajuda da funcionária do tribunal Summer McBride (Annasophia Robb), para descobrir o que realmente está acontecendo na cidade de Shelby Springs.
O que vale a pena em Rebel Ridge?
O filme destaca-se por abordar as dinâmicas raciais de maneira sutil, especialmente ao retratar Terry como um homem que precisa navegar cuidadosamente entre suas habilidades de sobrevivência e o racismo flagrante da polícia local. No entanto, essa contenção muitas vezes priva o público do prazer visceral de ver vilões racistas recebendo sua punição de maneira mais violenta.
Mesmo quando Terry utiliza sua expertise em artes marciais militares, o impacto das cenas de ação não é tão grande por escolhas que evitam o uso de armas, o que diminui a intensidade esperada para esse tipo de filme.
Apesar dessas limitações, “Rebel Ridge” ainda entrega um thriller sólido, com performances notáveis. Pierre traz uma intensidade contida ao papel, enquanto Don Johnson, como o chefe de polícia corrupto, oferece uma performance que relembra seus papéis anteriores em filmes como “Django Livre”. Embora o filme seja previsível em muitos aspectos, a direção firme de Saulnier mantém a narrativa coesa e envolvente, ainda que sem alcançar todo o potencial de suas temáticas complexas.